Veja qual o impacto do dólar no mercado de colchões

02 de Dezembro de 2024 09h00

A alta do dólar impacta de forma imediata o mercado de colchões, já que a indústria colchoeira opera com estoque ajustado à demanda e depende de insumos químicos importados, que não possuem substitutos nacionais. Como o transporte internacional é precificado em dólar, qualquer elevação da moeda americana encarece imediatamente os custos logísticos. Isso significa que qualquer variação cambial afeta diretamente os custos de produção em tempo real, reduzindo margens ou forçando o repasse no preço final. Tal situação torna inevitável, em um curtíssimo espaço de tempo, a adequação no preço de venda dos colchões. 

 

Perguntada sobre o assunto, a Abicol afirmou que existe sim preocupação das indústrias de colchões.  “Como colchões são bens de consumo duráveis, a demanda é altamente elástica em relação ao preço. Isso significa que aumentos significativos no custo podem postergar a decisão de compra e tendem a afetar mais as faixas de produtos premium, enquanto o consumidor busca alternativas mais acessíveis”.

 

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Porém, apesar do impacto negativo do aumento do valor do dólar, essa é uma boa oportunidade para avaliar a otimização da produção na indústria, implementando tecnologias e processos que melhorem a eficiência no uso dos insumos e minimizem desperdícios. Além disso, é importante considerar a elaboração de um plano estratégico para a automação de processos, uma medida que, embora exija investimento inicial, pode resultar em redução significativa dos custos operacionais e ganhos de produtividade em médio e longo prazos.