postado em 12 de Janeiro de 2022 14h39
Para entender sobre quais são as principais preocupações das empresas do setor colchoeiro neste início de ano, a Abicol (Associação Brasileira da Indústria de Colchões) realizou uma pesquisa entre 05 e 10 de janeiro com 94 fornecedores, fabricantes e lojistas.
O levantamento também buscou informações sobre o comportamento de 2021 em relação ao ano anterior e de 2019, o ano anterior à pandemia. Por sinal, ficou evidente que 2021, apesar das dificuldades, foi melhor do que 2019 para 35% dos fabricantes ouvidos que apontaram aumento no faturamento superior a 30%. No caso dos fornecedores este percentual é de 25%, enquanto 50% apontam alta entre 10% e 30% na comparação com 2019. E 25% deles tiveram redução de até 30% na mesma base de comparação.
Importantes altas foram registradas pelos lojistas. Embora o número de entrevistados fosse bem menor do que fabricantes e fornecedores, todos reportaram expansão superior a 30% na comparação, tanto com 2019 quanto 2020.
Quanto ao número de colchões produzidos, 34% reportaram alta, enquanto 45% informaram que houve alta na comparação com 2019. Já com relação ao número de colchões vendidos, 14% reportaram alta superior a 30% na comparação com 2019. Trinta e oito por cento informaram aumento nas vendas entre 10% e 30% na comparação com 2020.
Indagados sobre quais fatores mais impactaram o resultado de 2021 para os fabricantes, em primeiro lugar ficou o preço das matérias-primas, seguido da falta de vendas, concorrência desleal, aumento dos custos de produção e dificuldades de importação de insumos. Mas o preço das matérias-primas também foi o que mais impactou os fornecedores, seguido do aumento de custos de produção, falta de vendas, dificuldades de importação e concorrência desleal, pela ordem.
Para os lojistas ouvidos na pesquisa, o que mais impactou foi a falta de vendas, seguido dos preços e da concorrência desleal. Por sinal, problemas com a concorrência desleal aparece nos três níveis da cadeia colchoeira.
Quanto as expectativas para 2022, 40% dos fabricantes acreditam que vai melhorar, mas outros 40% acham que vai permanecer igual ao ano anterior. Os fornecedores se mostram mais otimistas e 63% acreditam em melhora.
Analisando os dados, o presidente da Abicol, Rogério Soares Coelho, observa que além das variáveis macroeconômicas instáveis (cambio, inflação etc.), seguem os desafios com custos logísticos, inclusive internos com fretes, e retração do poder de compra dos consumidores, que acusam o forte repasse acumulado dos custos de matéria-prima no preço final.
O crescimento em 2022 está mais vinculado ao aumento da participação de mercado, já que o potencial do mercado não cresce e a perda do poder aquisitivo já atinge todas as classes, com exceção da AA.
“Mesmo sendo bastante otimista e realista, acho que será um ano de muitos ensinamentos e aprendizagens. Vamos trabalhar para que aconteça o melhor para todos, pois deveremos continuar unidos, acima de tudo. Precisamos de ações governamentais que resultem em incremento do mercado”, conclui Rogério.
Veja AQUI a íntegra dos resultados da pesquisa.