Anuário de colchões 2022

131 Anuário de Colchões Brasil 2022 camadas de conforto. De- pois de montado, o adesi- vo é responsável também por manter a estrutura da peça, ou seja, conservar seu formato estrutural. Numa analogia, pode- mos dizer que o colchão é como um sanduíche, com camadas de espu- mas, feltros, molas etc. E o adesivo tem um papel muito importante: é o responsável por unir todas estas peças”, explica. Ele afirma que o maior benefício do uso de uma boa cola é a segurança de colagem. “Ou seja, boa aderência, resistência ao calor, ausência de odores e ruídos entre as camadas”, comenta, adicionando ainda que o uso de uma cola de qualidade resulta em rendimento e produtividade. “Ela não vai cau- sar danos à saúde dos operadores e nem danificar o sistema de aplicação da cola (sem carbonizações ou entupimentos). Todo este conjunto de atribu- tos entregam ao cliente um grande diferencial: redução de custos de operação”. Martins destaca ainda outro conceito fundamental que é o tempo em aberto. “Isso corresponde ao período em que o adesivo proporciona ao operador execu- tar o processo de colagem. Este tempo varia conforme as condições do ambien- te, temperatura e quantida- de de adesivo aplicado. Desta forma, um processo de colagemmeticuloso e lento não deve ter um ade- sivo de tempo em aberto curto. Analisar e entender o processo de cada fabricante é muito importante para identificar a solução ideal de colagem”. Já sobre tecnologia em colas, o gerente de novos negócios da Killing fala sobre o que a Kisafix (divi- são de colas da empresa) está fazendo de diferente para se destacar no mercado. “Existem muitas tecnologias no mercado de adesivos. Adesivos hot melt metalocênicos, adesivos hot melt PUR, adesi- vos oriundos de matérias-primas de fontes reno- váveis, além de adesivos que atendem a economia circular. Falando especificamente na montagem de colchões, o que predomina hoje são os adesivos hot melt tipo PSA e os adesivos base água para mon- tagens, e hot melt base EVA para molas pockets. E os desenvolvimentos da Kisafix são baseados no conceito de economia circular e sustentabilidade”. Sobre a questão de ausência de odores, Martins explica sobre o uso da cola em colchões que libe- ram aromatizantes. “A primeira coisa a se saber é como esse aroma será liberado. Existem exem- plos no mercado, em outras áreas, onde é usada a nanotecnologia. Partindo dessa premissa, esses colchões utilizariam substratos impregnados com nanocápsulas, as quais estariam encapsuladas com o princípio ativo do aroma. Entender como é o sistema de desencapsulamento do aroma é o detalhe fundamental para essa indicação”. O PAPEL DOS TECIDOS Algo que já vem sendo trabalhado com mais força desde o ano passado é o uso de tecidos com tec- nologia antiviral e antibacteriana nos colchões. Mas, foi em 2021 que se pode ter uma dimensão do impacto dessa tecnologia no mercado bra- sileiro. No caso da gigante dos tecidos Bekaert Deslee, o VIRASE é um tecido que ganhou boa projeção aqui no Brasil. “Tivemos clientes que converteram 100% de sua linha para o uso do VIRASE, visto que além da proposta antiviral, o acabamento se mostrou efi- ciente em diversas outras utilizações como antiá- caros, mofos e bactérias. Outras empresas, mais conservadoras, optaram por lançamentos menos agressivos, com um ou dois produtos. Acreditamos que esse acabamento tenha vindo para ficar, pois Rangel P. Martins, gerente de novos negócios da Killing Adesivo a base de água, da Kisafix Hot Melt EVA, da Kisafix

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